O professor de hoje convive com mais um recurso que pode contribuir para suas aulas, a tecnologia. E dentre eles podemos destacar a televisão, o rádio, o retroprojetor, a câmera fotográfica e o computador com suas diversas ferramentas.
O uso da tecnologia da informação e da comunicação se transformou numa importante ferramenta para o aprendizado. Mas é preciso ter cuidado, pois seu uso não deve (nem pode) ser usado de forma aleatória, mas sim com um objetivo pedagógico para que o aprendizado seja rico e tenha um foco, ensinar.
E como diz Pedro Demo: “As tecnologias não são apenas instrumentos de alfabetização. São elas mesmas a alfabetização, desde que sejam usadas de maneira correta”.
Pedro Demo afirma também que “o melhor caminho para promover a inclusão digital dos docentes é uma nova pedagogia, tecnologicamente correta, que tenha como objetivo inserir, definitivamente, a aprendizagem virtual na vida do professor”, algo que, infelizmente, ainda não é comum acontecer.
Alguns professores usam a tecnologia com a expectativa dos benefícios que ela pode trazer. Outros, porém, evitam fazer seu uso, muitas vezes pelo medo de não a dominar.
Uma pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita e disponibilizada pela revista Nova Escola (Edição especial, dezembro de 2009) revela que dentre os professores entrevistados, 72% não se consideram preparados para utilizar o computador na sala de aula.
É fundamental que esses instrumentos sejam usados a serviço da aprendizagem, mas para isso é preciso aprender a lidar com esses saberes que são produzidos por essas novas tecnologias.
Por esse motivo, o educador precisa de orientação para adquirir um conhecimento básico que pode ser conquistado por meio de cursos, os quais são, muitas vezes, oferecidos pelos municípios em que o professor atua.
É o caso, por exemplo, de Osasco/SP, no qual, em parceria com a empresa Planeta Educação desde 2010, é oferecida formação continuada aos professores da educação infantil, os quais participam do Programa de Informática Educacional.
Há também instituições que disponibilizam diversos cursos gratuitos para a comunidade, tanto em encontros presenciais como a distância.
O professor também pode apostar na sua capacidade autodidata e explorar recursos básicos como os editores de texto e de desenho, correio eletrônico e mecanismos de busca na internet.
Afinal, o educador precisa ser aquele que pesquisa, pois ele é “construtor de si mesmo e da sua história”, diz Claudia da Silva Brito e Ivonéia da Purificação, autoras do livro Educação e novas tecnologias.
As autoras afirmam também que o professor “é criador e criatura ao mesmo tempo: sofre as influências do meio em que vive e com as quais deve autoconstrução”.
É preciso, então, que esse profissional firme um compromisso de ser um eterno e persistente pesquisador, de modo que ele consiga utilizar os diversos recursos que circundam a sala de aula.
Referências:
BRITO, Glaucia da Silva & PURIFICAÇÃO, Ivonéia da Educação e novas tecnologias. 2ª ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
Formação para trabalhar com tecnologia: o grande desafio de quem ensina. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/o-grande-desafio-de-quem-ensina-519559.shtml (Acesso em: 27 mai. 2011).
DEMO Pedro. Tecnologia e escola: uma questão delicada. Disponível em: http://www.editoraopet.com.br/files/materias/1404/files/revista/RevistaOpet_n2.pdf (Acesso em 27 mai. 2011).
Paula Doirado Marcelo é Coordenadora de Informática Educacional na cidade de Osasco, São Paulo.
Site: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2054 Acessado em 21/04/2015.
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