terça-feira, 23 de agosto de 2016
As Novas Tecnologias em Sala de Aula
Uma educação libertadora consiste em criar um ambiente no qual o educando possa construir o conhecimento assistido pelo educador, isso é possível sem tecnologia, contudo, com a tecnologia o processo se torna mais dinâmico, pragmático e extremamente eficiente, requer formações esforço e adaptação aos novos tempos.
Como usar as Novas Tecnologias na Educação: sala de aula deve ser ambiente de criação
Há muitas dúvidas entre os professores sobre a melhor forma de lidar com as novas tecnologias dentro da sala de aula.
Alguns adotam como método a proibição pura e simples dos celulares em sala de aula, por exemplo. E outros argumentam que é melhor aproveitar essas tecnologias para estimular o aprendizado dos alunos.
Eu já conheci casos estranhos, em que os diretores conseguem um laboratório de informática novinho, mas que acaba não sendo usado, porque eles têm medo de os alunos estragerem os equipamentos. Isso é um problema. E o pior é que não deixa de ser compreensível, na perspectiva de um gestor que sabe a dificuldade de conseguir e de consertar esses equipamentos. Mas é complicado quando a escola tem os equipamentos, mas os alunos não podem usar, ou usam de forma muito restrita, muito pouco produtiva.
Mas há muitos equívocos em relação ao uso das tecnologias na escola. Há muitos discursos que celebram a compra de equipamentos por si só, mas a gente tem que fazer uma crítica a isso.
Proibir ou estimular?
Há momentos em que disciplinar o foco e fortalecer a concentração é a coisa mais importante a se fazer. Então, nesse sentido, às vezes vale sim, a pena desconectar desse excesso de distrações da Internet para se concentrar. Internet é genial, mas a gente não pode desconsiderar que o que a maioria das crianças e jovens andam fazendo não é um uso criativo da Internet, mas é pura procrastinação. E já tem muita gente sofrendo por isso.
Por outro lado, a Internet tem que estar presente na escola, mas de forma crítica. A escola não pode simplesmente repetir o que os alunos já sabem ou entregar algo pronto para eles. Colocar alunos para jogar joguinhos educativos ou fazer pesquisa no Google. A escola tem que superar os alunos. Ou fazer com que eles se superem no que diz respeito ao uso da Internet.
Os alunos têm que aprender a discernir uma fonte confiável de informação no meio de tanta informação falsa que circula na Internet, tem que aprender a interpretar as mensagens nas redes sociais de acordo com a fonte, tem que saber que tudo que ele faz na Internet é registrado, que ele está sendo seguido a cada clique, que as empresas guardam essas informações e acaba nos conhecendo melhor do que os nossos melhores amigos.
Que o nosso histórico de navegação condiciona o que aparece para gente nas buscas e nas redes sociais. Eles têm que aprender a se resguardar para não ser alvo de bullynig, de assédio. Então, vai de interpretação de texto a uma discussão ética, política e mesmo filosófica do Internet.
Um dos grande desafios que as escolas têm em relação às novas tecnologias é fazer com que alunos sejam não apenas usuários, mas produtores de tecnologia.
Eles têm que aprender a transformar o que tem em mãos e não a se contentar com o papel de consumidores passivo de aplicativos feitos por outras pessoas, e em geral feitos para estimular o consumo. A tecnologia é uma linguagem e os alunos precisam aprender os códigos dessa linguagem. Os jovens não podem ser reféns de uma linguagem que não dominam.
Há um grande movimento internacional na educação entendendo que, já hoje, mais de forma mais intensa no futuro próximo, aqueles que não souberem princípios de programação serão considerados analfabetos. Tem até um termo para isso: “analfabite”.
Há sessenta anos, os computadores ocupavam um andar inteiro de um edifício. Hoje cabem no nosso bolso. O nosso smartphone é mais poderoso do que o computador que gerenciou a viagem do homem à lua em 1969.
A tendência é que no futuro próximo computadores sejam menores do que uma célula. E eles estarão em todos os lugares. Já tem um termo para isso: Internet de todas as coisas, que já está em pleno desenvolvimento, e o princípio da singularidade, elaborado por Ray Kurzweil, que se fundamenta nesse nessa lógica exponencial do avanço tecnológico.
Então se os jovens de hoje não conhecerem os princípios básicos dessa linguagem ou desses códigos que vão programar os computadores já gerenciam toda a nossa vida e estarão literalmente incorporados em nós, isso mostra que a sua educação fracassou completamente. .
Não é que alunos tem que fazer um reforço em aulas de informática. Mas as tecnologias têm que estar presentes no próprio cotidiano das disciplinas.
Se a gente aprende o alfabeto para aprender a escrever e criar a partir da linguagem, a mesma coisa deve acontecer com a tecnologia. O sentido de aprender a linguagem tecnológica é utilizar essa linguagem para cria.
A formação de professores para uso das novas tecnologias (Vera Cabral)
Vera Cabral, ex-coordenadora da Escola de Formação de Professores da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, falou sobre a formação de professores para uso das novas tecnologias durante o 5º Seminário Líderes em Gestão Escolar.
Vera também foi responsável pelo desenho, implementação e operação de programas de desenvolvimento profissional para 230.000 professores e outros 40.000 funcionários, apoiados e, estrutura de educação à distância.
domingo, 21 de agosto de 2016
Fantástico - Escolas públicas apostam na tecnologia dentro das salas de aula
O vídeo aborda o papel da tecnologia nas salas de aula, pois atualmente o uso de computadores e celulares estão sendo utilizados diariamente de forma direta e indireta na aprendizagem. Nas escolas públicas públicas e particulares, está sendo criado um novo projeto pedagógico, onde o objetivo é fazer o aluno ter interesse em aprender usando as tecnologias a seu favor.
Novas Tecnologias e Aprendizagem
Dicas de Leitura!
A escola, para continuar desenvolvendo seu pleno papel de educar e inserir indivíduos na sociedade, precisa atentar para as mudanças sociais e tecnológicas que se passam no mundo. As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação - NTICs estão cada vez mais presentes na vida de todas as pessoas, especialmente dos alunos. É fundamental que os professores conheçam as potencialidades dessas novas ferramentas para poder utilizá-las efetivamente nos processos de ensino e aprendizagem.
Mas, como inserir as novas tecnologias na prática pedagógica do professor? Como educar e aprender no século XXI? Neste livro, você conhecerá como as NTICs podem contribuir na aprendizagem dos educandos.
Educação e Tecnologias, O Novo Ritmo da Informação.
Indicação de Leitura!
Educação e Tecnologias
O termo "tecnologias" tem sido muito empregado na área educacional com os mais diversos sentidos e significados. Neste Livro, Vani Kenski encarou o desafio de refletir sobre as relações entre educação e tecnologias evitando os jargões, as teorias e abordagens específicas desses campos do conhecimento.
São apresentadas explicações sobre as tecnologias, sobretudo as mais recentes, de uma forma acessível a todos, mesmo aqueles que nunca utilizaram um computador nem navegaram na internet. A autora busca construir um diálogo com os leitores, abordando o tema de maneira abrangente, simples e esclarecedora, mas sem deixar de apresentar os grandes avanços que as tecnologias podem oferecer à educação e refletir sobre eles.
O tema é introduzido com um exemplo surpreendente de como é possível fazer educação mediada pelas mais novas tecnologias digitais, para, a seguir, contar a longa história de relacionamentos entre os vários tempos da sociedade, os sucessivos avanços tecnológicos e seus reflexos no processo de ensino e aprendizagem.
Rui Fava: "Estamos vivenciando um apagão de docentes antenados"
Professor Rui Fava aceita convite e escreve para o portal Universia Brasil sobre a Educação 3.0 e seus desafios. Leia e entenda:
Você sabe a diferença entre Educação 1.0, Educação 2.0 e Educação 3.0? A educação 3.0 traz as tecnologias digitais para a sala de aula para estimular o aprendizado e a troca de conhecimentos. O professor Rui Fava, autor do livro “Educação 3.0”, aceitou o convite da Universidade Brasil para escrever sobre o tema. Confira mais sobre essa matéria clicando na imagem abaixo:
Educação 3.0
Indicação de Leitura!
Aplicando o PDCA nas instituições de ensino.
Pela primeira vez na história, convivem nas escolas quatro gerações distintas, cada uma com suas peculiaridades no modo de aprender e de se comportar, provocando um choque nas gerações. Os estudantes de hoje, denominados nativos digitais, são a primeira geração a crescer em meio a essa nova e abundante tecnologia digital.
A Educação 3.0 chegou e, com ela, um novo mundo virtual e em redes emergiu, provocando um notório declínio da eficácia da aprendizagem. Os antigos alunos eram indivíduos isolados; os novos, são mais conectados socialmente. Se a busca da aprendizagem já foi mais silenciosa e passiva, os novos estudantes são agora ativos, barulhentos e públicos.
As escolas precisam se adaptar a esses novos cenários. Como fazer isso?
Por meio de um resgate histórico da educação, o autor mostra a evolução do ensino e apresenta uma ferramenta útil na gestão acadêmica, o PDCA ( Plan, Do, Check, Action), que apoiará na escolha, organização, disponibilização, distribuição dos conteúdos e na avaliação da aprendizagem e dos processos.
A obra tem a intenção de auxiliar as escolas a se posicionarem de forma eficiente e eficaz neste novo ambiente, buscando metodologias que preparem os estudantes para o futuro desconhecido, no qual eles sobreviverão não pelo que sabem, mas pelas suas habilidades e competências para a busca e aplicação da informação e para a adaptabilidade a um ambiente em constante mutação.
sábado, 20 de agosto de 2016
O professor, a tecnologia e a sala de aula
O professor de hoje convive com mais um recurso que pode contribuir para suas aulas, a tecnologia. E dentre eles podemos destacar a televisão, o rádio, o retroprojetor, a câmera fotográfica e o computador com suas diversas ferramentas.
O uso da tecnologia da informação e da comunicação se transformou numa importante ferramenta para o aprendizado. Mas é preciso ter cuidado, pois seu uso não deve (nem pode) ser usado de forma aleatória, mas sim com um objetivo pedagógico para que o aprendizado seja rico e tenha um foco, ensinar.
E como diz Pedro Demo: “As tecnologias não são apenas instrumentos de alfabetização. São elas mesmas a alfabetização, desde que sejam usadas de maneira correta”. Pedro Demo afirma também que “o melhor caminho para promover a inclusão digital dos docentes é uma nova pedagogia, tecnologicamente correta, que tenha como objetivo inserir, definitivamente, a aprendizagem virtual na vida do professor”, algo que, infelizmente, ainda não é comum acontecer.
Alguns professores usam a tecnologia com a expectativa dos benefícios que ela pode trazer. Outros, porém, evitam fazer seu uso, muitas vezes pelo medo de não a dominar. Uma pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita e disponibilizada pela revista Nova Escola (Edição especial, dezembro de 2009) revela que dentre os professores entrevistados, 72% não se consideram preparados para utilizar o computador na sala de aula.
É fundamental que esses instrumentos sejam usados a serviço da aprendizagem, mas para isso é preciso aprender a lidar com esses saberes que são produzidos por essas novas tecnologias. Por esse motivo, o educador precisa de orientação para adquirir um conhecimento básico que pode ser conquistado por meio de cursos, os quais são, muitas vezes, oferecidos pelos municípios em que o professor atua.
É o caso, por exemplo, de Osasco/SP, no qual, em parceria com a empresa Planeta Educação desde 2010, é oferecida formação continuada aos professores da educação infantil, os quais participam do Programa de Informática Educacional. Há também instituições que disponibilizam diversos cursos gratuitos para a comunidade, tanto em encontros presenciais como a distância.
O professor também pode apostar na sua capacidade autodidata e explorar recursos básicos como os editores de texto e de desenho, correio eletrônico e mecanismos de busca na internet. Afinal, o educador precisa ser aquele que pesquisa, pois ele é “construtor de si mesmo e da sua história”, diz Claudia da Silva Brito e Ivonéia da Purificação, autoras do livro Educação e novas tecnologias.
As autoras afirmam também que o professor “é criador e criatura ao mesmo tempo: sofre as influências do meio em que vive e com as quais deve autoconstruir”. É preciso, então, que esse profissional firme um compromisso de ser um eterno e persistente pesquisador, de modo que ele consiga utilizar os diversos recursos que circundam a sala de aula.
Referências:
BRITO, Glaucia da Silva & PURIFICAÇÃO, Ivonéia da Educação e novas tecnologias. 2ª ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
Formação para trabalhar com tecnologia: o grande desafio de quem ensina. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/o-grande-desafio-de-quem-ensina-519559.shtml (Acesso em: 27 mai. 2011).
DEMO Pedro. Tecnologia e escola: uma questão delicada. Disponível em: http://www.editoraopet.com.br/files/materias/1404/files/revista/RevistaOpet_n2.pdf (Acesso em 27 mai. 2011).
Paula Doirado Marcelo é Coordenadora de Informática Educacional na cidade de Osasco, São Paulo.
Cinco regras de ouro para o uso de tecnologia na educação
A tecnologia adequada utilizada para as finalidades certas acaba sendo a melhor aquisição que uma instituição de ensino pode fazer.
Muito tem se discutido sobre a adoção de tecnologia em sala de aula. Seria uma distração ou realmente ajuda professores e alunos em sua jornada de aprendizagem? Ainda não parece haver um consenso sobre o tema, mas acredito que o debate sobre benefícios e desvantagens no uso dessas novas ferramentas educacionais é sempre benéfico.
No entanto, as discussões tendem a focar na tecnologia em si, e não no que ela pode fazer, ou qual seu objetivo final. Nesse ponto, concordo que ferramentas tecnológicas que não são utilizadas, na melhor das hipóteses são um desperdício de dinheiro. Na pior delas, podem ser mesmo uma distração e até prejudicial para alunos e professores.
Uma pesquisa recente do LMS Canvas com 182 professores australianos revelou que 80% concordam que a tecnologia facilita seu trabalho e poupa cerca de três horas por semana na correção de trabalhos e no planejamento das aulas. O problema então não é a tecnologia, mas como utilizá-la. A tecnologia adequada utilizada para as finalidades certas acaba sendo a melhor aquisição que uma instituição de ensino pode fazer.
Para garantir esse sucesso, existem algumas regras de ouro que tornam a tecnologia uma ferramenta genuinamente inovadora no sentido de aumentar o envolvimento dos alunos e auxiliar os professores:
1. Priorize os desafios que deseja superar
Antes de adquirir qualquer solução, as escolas precisam identificar os problemas que desejam resolver por meio da tecnologia.
Aumentar o envolvimento dos alunos e, ao mesmo tempo, aliviar o fardo dos professores é um equilíbrio difícil de atingir, particularmente no ensino fundamental. Escolher uma tecnologia que acelere o processo de correção de trabalhos ou ajude a criar relatórios sobre a jornada de aprendizagem dos alunos é uma maneira de utilizar a tecnologia a favor do ensino.
Se o desafio for manter os alunos interessados nas aulas, então procure algo que entregue o conteúdo de forma atraente. Pode ser através de vídeo, conversas em tempo real ou mesmo jogos. Se não estiver claro quais dificuldades deseja superar com a tecnologia, então talvez ainda não seja o momento certo para um investimento.
2. Trabalhe de baixo para cima
Quando a tecnologia adquirida pela escola não é utilizada em todo o seu potencial, geralmente é porque o sistema ou os dispositivos foram escolhidos pelos gestores ou por líderes acadêmicos que não são os usuários no dia a dia da sala de aula. A aquisição de novas tecnologias para a escola deve envolver os professores durante a definição das necessidades e também na tomada de decisão. A visão deles sobre o que se passa na sala de aula é crucial, e o seu envolvimento no processo torna muito mais fácil a adesão à tecnologia escolhida.
Caso alguns professores mostrem resistência às mudanças que a tecnologia irá trazer para a sala de aula, as escolas podem criar grupos de discussão e feedback para que se sintam envolvidos nesse processo. Em muitos casos, os professores acabam se tornando defensores fervorosos dos benefícios perante outros funcionários e alunos.
3. Promova a integração dos pais
Os pais podem ficar apreensivos quando se trata da adoção de uma nova tecnologia para seus filhos. Há receio a respeito de privacidade, distração ou falta de sociabilidade com outras crianças. A promoção do debate entre escola e responsáveis faz parte do processo de esclarecimento. Plataformas de aprendizagem on-line podem aproximar filhos e pais, pois permitem aos responsáveis ter um papel mais ativo na educação das crianças e adolescentes. Envolver os responsáveis no início da decisão de compra da tecnologia escolar vai garantir que eles apoiem e defendam o programa mais tarde.
4. Explore as possibilidades da educação aberta
O conceito de educação aberta continuará avançando, especialmente no Brasil, onde a população de estudantes se espalha para além dos centros urbanos até áreas rurais remotas. Plataformas de educação aberta trazem educação de forma remota, através da tecnologia, e podem se tornar a porta de entrada para toda a riqueza de conteúdo que está sendo criado e compartilhado em todo o mundo, dando às escolas menos favorecidas a oportunidade de acessar novos recursos de qualidade.
Esta abordagem, alimentada pela tecnologia on-line, pode mudar totalmente a experiência de aprendizagem, e para melhor. Mas, para tirar o máximo proveito desse conceito, as escolas e professores devem estar preparados para adotar uma forma diferente de ensinar e aprender.
5. A avaliação constante vai eliminar o desperdício
Muitas vezes as escolas não fazem uma avaliação contínua sobre o retorno dos investimentos, o que pode levar a uma crença de que a tecnologia é um desperdício de dinheiro. Identificar onde os equipamentos estão sendo subutilizados ou ignorados é vital. As escolas precisam avaliar suas decisões de compra de forma consistente, fixando objetivos e indicadores de desempenho para se certificarem de que suas metas estão sendo alcançadas desde o início.
Seguindo essas orientações, as escolas poderão garantir que a aquisição de tecnologia será um sucesso para todos os envolvidos.
Lars Janér é diretor para a América Latina da Instructure - empresa de tecnologia de software na nuvem para ensino e aprendizagem
Site:http://wwhttp://www.administradores.com.br/noticias/tecnologia/cinco-regras-de-ouro-para-o-uso-de-tecnologia-na-educacao/111280/
Novas tecnologias facilitam a aprendizagem escolar
Estudar a integração de novas tecnologias ao currículo educacional é o que faz a pesquisadora e professora do setor de educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nuria Pons Vilardell Camas. Desde 2000, ela se dedica ao estudo e impacto da cultura digital na educação e constata que o mundo no qual vivemos é praticamente digital e que, portanto, a tecnologia faz parte do dia a dia.
Segundo a professora, independentemente da tecnologia, é importante entender, criar e dar vazão a uma nova escola, que vislumbre o currículo como o caminho a ser construído para e pelos aprendizes.
“O melhor resultado não virá pela tecnologia, mas pela compreensão do que se espera da educação”, avalia. “A tecnologia é parte, não é o todo", completa.
Conceito
Segundo a professora, por novas tecnologias entende-se a convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo, que pode ser o notebook, o celular, o tablet, a lousa digital, o robô e quaisquer outras que surjam. Para o uso educacional, interessa particularmente a produção colaborativa de conhecimento, em que alunos e professores juntos também sejam coautores.
“O importante, independentemente da tecnologia, é entender, criar e dar vazão a uma nova escola, que vislumbre o currículo como o caminho a ser construído para e pelos aprendizes, incluindo alunos, professores, gestores e familiares”, afirmou.
Benefícios
Usar tecnologias em sala de aula, na escola, em casa e nas ruas faz parte da rotina de muitos estudantes. Segundo a professora, as novas tecnologias devem parte do cotidiano escolar como é o livro, o quadro negro e o giz.
“É necessário oferecer condições para promoção da educação de nosso tempo, que deve estar integrada ao local em que estivermos”, ressalta.
Realidade na sala de aula
Um dos maiores enfrentamentos na formação de futuros professores é integrar as tecnologias à educação, principalmente unindo os conhecimentos técnico-pedagógicos de forma interdisciplinar.
“Basta olhar os projetos político-pedagógicos das licenciaturas e das pedagogias. Para alguns, esse uso [das novas tecnologias] é voltado à parte técnica — ligar, desligar, usar um software ou aplicativo. Entretanto, não será somente isso que o professor enfrentará na escola. E é no enfrentar, entendido como prática, que se deve pensar. E em preparar o professor”, afirma a professora.
Papel do professor
Embora as tecnologias tenham um papel importante no ensino-aprendizagem, “sempre será necessário um professor para dar conhecimento científico aos alunos, propiciar aos alunos a mediação do conhecimento”, ressalta.
Além disso, um dos papéis importantes do docente é o de auxiliar o aluno e capacitá-lo para incluí-lo na cultura digital. “A união das possibilidades com o uso da web 2.0 — escrita, leitura, partilha, imagem e som em uma única página navegável, colaboração — pode ser feita por todos que tenham acesso à rede de computadores”, completa.
Dessa forma, a mediação pedagógica se faz necessária para que o aluno saia da sala de aula com plena capacidade de usufruir das possibilidades que o universo digital oferece.
A TECNOLOGIA E A SALA DE AULA
Sala de recursos audiovisuais – o que fazer quando não há na escola?
Ultimamente, há muitos discursos sobre a importância de se utilizar recursos audiovisuais em sala de aula, pois os alunos estão em busca da internet, do vídeo-game, do DVD, dos jogos em rede quando estão de fora da mesma. Logo, as crianças e jovens estão habituados em um contexto em que a tecnologia computadorizada está em voga e o professor que não se adaptar, ficará para trás. A conseqüência disso pode ser uma sala desmotivada e indisciplinada.
Contudo, devemos nos ater à tecnologia digital como uma estratégia pedagógica adicional e, portanto, não é necessário que esteja em todas as aulas.
Mas o que fazer quando a escola não tem recursos tecnológicos para serem utilizados?
Neste caso, o professor não pode desanimar ou acomodar com aulas apenas de giz e quadro, a não ser que a escola exija. Há outras maneiras de introduzir as linguagens da mídia em sala, basta o educador improvisar e ser criativo.
O professor pode mandar pesquisas para casa sobre a linguagem verbal e não-verbal (gestos dos apresentadores ao passar uma notícia) no telejornal e depois trabalhar a persuasão; trabalhar com as propagandas da mídia e linguagem persuasiva e o uso do imperativo através de jornais impressos e revistas; desenvolver um trabalho com o uso de fotografias do passado e futuro nas aulas de História ou para ensinar os tempos verbais; usufruir dos canais de notícias da rádio para trabalhar a linguagem e montar com os alunos sua própria rádio; propor aos alunos desenvolver o jornal da escola ou da sala; orientar uma pesquisa pela internet com sites educativos e direcionados pelo próprio professor, dentre outros.
O que não pode ocorrer é o professor ignorar o fato de a tecnologia digital fazer parte do dia-a-dia do aluno e cobrar do pupilo interesse pelas aulas. Os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as aulas mais instigantes e apreciadas.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
A tecnologia precisa estar presente na sala de aula
Pesquisadora da PUC-SP alerta que o currículo escolar não pode continuar dissociado das novas possibilidades tecnológicas.
"A tecnologia precisa estar à mão para a produção de conhecimento dos alunos à medida que surja a necessidade", diz a professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida.
Para saber mais sobre essa matéria, clique na imagem abaixo:
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
O FUTURO DA TECNOLOGIA SÃO AS PESSOAS
A educação é a
principal ferramenta que qualquer profissional pode dispor para crescer em sua
carreira e também em seus relacionamentos interpessoais. O conhecimento é algo
adquirido para o resto da vida, é sempre incrementado e responsável pela
inovação em diversos setores, especialmente a tecnologia. Quando entendemos a
importância de estarmos atualizados com o mercado, e nos preparamos para isso,
é que, de certa forma, “portas são abertas”. Porém, se qualificar e
acompanhar uma constante e ágil evolução tecnológica são os principais desafios
dos profissionais, ou futuros profissionais de TI. Certamente um
profissional formado 5 anos atrás está trabalhando com alguma tecnologia que
não fez parte da grade curricular do curso de TI, ou mesmo das aulas práticas
nos laboratórios. Alguns exemplos são: DevOps e Cloud Computing
(OpenStack), que lideram as listas de demandas e que em comum possuem as
características de terem sido desenvolvidas em comunidades Open Source. O lado
positivo dessa evolução tecnológica é que o número de oportunidades geradas é
proporcional aos desafios de atualização profissional. Recentemente a Linux
Foundation, que é um consórcio de empresas que trabalham para fomentar o
desenvolvimento do sistema operacional Linux e a filosofia Open Source,
publicou um estudo onde apresenta os perfis de profissionais mais procurados pelos
gerentes de recursos humanos das empresas de TI.
Dentre os resultados,
destaco que 87% das empresas estão enfrentando dificuldades para encontrar
profissionais que conheçam tecnologias Open Source, 51% das empresas buscam
profissionais com conhecimento na tecnologia de Cloud Computing e 58% buscam
profissionais que conheçam DevOps. Conforme
apresentado no artigo anterior, “A importância da atualização em Tecnologia”, a
opção mais buscada pelos profissionais de TI para se manterem atualizados em
relação às demandas do mercado é a realização de cursos e certificações nessas
tecnologias emergentes. Porém, para os alunos e professores de cursos de
tecnologia nas instituições de ensino, a principal iniciativa é a adoção de
programas acadêmicos para serem ministrados paralelamente à grade curricular
científica, que é definida e aprovada pelo MEC. Dessa maneira, integrando
conhecimentos teórico/científico e prático. Sabemos que há várias empresas que
atualmente possuem programas acadêmicos com o objetivo de divulgar a sua marca
dentro de uma universidade, construindo laboratórios ou fornecendo seus
softwares. Mas acredito que uma empresa ciente de seu papel na sociedade deve,
de fato, incentivar o crescimento técnico e profissional dos alunos e
professores, promovendo pensamentos críticos, de inovação e, principalmente, de
colaboração.
A Red Hat, cujo DNA da empresa é a
inovação baseada no trabalho colaborativo e a troca de conhecimento, deu este
pontapé inicial, promovendo cursos em parceria com as universidades para
contribuir no processo de formação dos alunos e prepará-los para as novas
demandas do mercado. Com este pensamento, focado no conteúdo, a Red Hat
global criou um programa chamado Red Hat Academy, fornecendo palestras,
webinars e todo o conteúdo (apostilas, instaladores e laboratórios) para os
cursos de Cloud Computing, desenvolvimento de software, administração do Red
Hat Enterprise Linux e Administração Jboss EAP. Dessa forma, provendo conteúdo
aos professores que pode ser adotados tanto em disciplinas da grade curricular
quanto em cursos extras curriculares. E aqui vai a boa notícia: o programa está
se expandindo na América Latina. Segundo Wellington Lopes, Business Development
Manager da Red Hat, há uma reestruturação local e já foram iniciados os
contatos com diversas universidades na região. Esta é uma grande oportunidade
para atrelar a formação do aluno à vasta comunidade open source.
A empresa disponibilizou um
site totalmente público para que qualquer pessoa, seja estudante, professor ou
um desenvolvedor de TI, possa baixar exatamente as mesmas soluções que
entregamos aos nossos parceiros e clientes. A ideia deste compartilhamento é
que o interessado tenha acesso ao nosso material, conheça as soluções e
desenvolva projetos inovadores desde que, claro, não seja para fins comerciais,
pois para isso existe a opção enterprise de subscrição. O mercado de TI é
dinâmico e inovador. Por isso que procurar um conteúdo que te auxilie a
acompanhar a transformação digital é de extrema importância. Afinal, nosso
papel é contribuir ainda mais positivamente para o futuro e evolução da
tecnologia com técnicas aplicáveis para todas as áreas.
Matéria completa:
http://corporate.canaltech.com.br/coluna/educacao/o-futuro-da-tecnologia-sao-as-pessoas/
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Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O
LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.
MECFLIX AS AULAS NA SUA TELA
Você provavelmente já ouviu falar ou assistiu a uma vídeo-aula, não é mesmo? Agora, os interessados nesse tipo de conteúdo têm mais uma plataforma para acessar. Em abril, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Mecflix (o nome é uma brincadeira com Netflix – um dos maiores serviços de transmissão online, ou streaming, de vídeos no mundo), que reúne aulas sobre português, história, literatura, matemática, ciências e outras disciplinas. O site está ligado ao projeto Hora do ENEM, que pretende reunir conteúdos para quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio.
Caso esse não seja o seu caso, o Mecflix continua sendo bastante útil. Você pode usar as aulas para se preparar para concursos públicos ou indicar para seus alunos.
Para acessar a plataforma, é preciso fazer um cadastro gratuito. No ambiente, é possível salvar seus vídeos favoritos, montar playlists, dar nota para o material, fazer anotações nos vídeos e compartilhá-los com seus amigos.
As aulas podem ser buscadas conforme as áreas de conhecimento da prova do ENEM (Ciências Humanas e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; Linguagens, códigos e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias) ou pelas disciplinas. O material foi produzido por empresas como Geekie Games, Descomplica, FGV, Kroton e QG do Enem, e existe a possibilidade que novos interessados enviem seus vídeos para serem disponibilizados na plataforma.
Veja alguns exemplos do que você vai encontrar por lá:
Quem nunca passou (ou está passando) por aquela fase em que as famosas equações do segundo grau parecem ser, literalmente, o maior dos seus problemas? Esse vídeo de 10 minutos dá algumas pistas sobre como resolvê-las.
Nos textos, no ENEM e na vida estamos sempre argumentando. Mas, apesar de fazer parte do nosso cotidiano, o conceito às vezes fica um pouco confuso em nossas cabeças. Esclareça suas dúvidas no vídeo.
Também tem muito conteúdo de Física no Mecflix! Por meio de ilustrações e imagens, nesse vídeo você aprende sobre a velocidade relativa do som em sólidos, líquidos e gases.
Anistia de 1979 e novos partidos políticos
Em épocas de tantas discussões e reviravoltas na política nacional, é interessante entender a origem dos atuais partidos.
Bem, pessoal, espero que tenham gostado da dica. Não se esqueçam de compartilhar o post com os alunos que realizarão a prova do ENEM e com amigos interessados.
Até a próxima,
Nairim Bernardo
Nairim Bernardo
10 ideias para trabalhar leitura digital na sala de aula
Para quem gosta de leitura, e também de trabalhar com seus alunos em sala de aula, o Site Porvir, traz 10 ideias para trabalhar em sala de aula.
É só clicar na imagem abaixo e descobrir!!!
É só clicar na imagem abaixo e descobrir!!!
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Tecnologia ajuda ou atrapalha em sala de aula?
O uso da tecnologia na educação, dentro e fora da sala de aula, já é realidade em grande parte das escolas do Brasil. Com a internet a busca por conhecimento ficou mais prática e ágil. Mas as novidades da informática estariam roubando o tempo de contato entre aluno e professor?
Assista ao programa! Com entrevistas de alunos e professores!!!
O perfil do professor frente às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na sociedade em rede!
Por que as TICs interessam ao professor e qual o impacto delas nas práticas pedagógicas? Vamos entender as formas para que os professores se apropriem desses meios e recursos e enriqueçam a qualidade das suas aulas.
Na década 1960, McLuhan propôs a ideia de uma comunicação global, foi precursor nos estudos midiológicos, criou o termo “aldeia global” após perceber que instrumentos como o rádio, telefone e televisão impactavam na comunicação das pessoas. Ele observou que esses aparelhos eletrônicos ligavam pessoas de todo o planeta e permitiam a disseminação de uma quantidade absurda de informações. Esses instrumentos tecnológicos observados evoluíram e o professor sente os reflexos dessas mudanças quando se depara com novos aparelhos eletrônicos e/ou novas forma de se comunicar.
Com a chegada do computador e da internet na escola, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto na oralidade, escrita e na imagem. Como exemplo, podemos citar os textos imagéticos presentes no Youtube, através dos quais nos apropriamos da comunicação por meio das imagens em movimento.
A sociedade se estabelece em vínculos particulares que são chamados de culturas, assim tivemos por muitos séculos o predomínio da cultura oral, na qual a essência da comunicação se dava por meio do contato oral e necessariamente presencial. Logo após, passamos por um longo período da cultura letrada, no qual tínhamos o texto impresso. E, nessa sociedade em rede, as novas TICs apresentam outras formas de comunicação, hoje voltadas para o audiovisual. Esse novo ato de comunicação é marcado pelos instrumentos que permitem a geração de mensagens e conteúdos usando o áudio, a imagem estática, o movimento e o texto escrito, inclusive, textos em que todos esses canais estão presentes, por exemplo: os simuladores educacionais, os vídeos disponíveis na web, softwares educativos, etc.
A visão de ensino conhecida como tradicional, perde espaço para a nova sociedade da informação na qual estamos e a preocupação da escola é tornar essa sociedade em uma sociedade de aprendentes, ou seja, de conhecimentos. Neste cenário, o professor assume um novo perfil ao entender que o seu aluno, através do uso das novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) potencializa o processo de aprendizagem quando faz uso e interpreta com clareza as novas linguagens presentes nessa teia global. Espera-se que seja perfil do professor conhecer e dominar as tecnologias aplicadas à educação e que essas novas linguagens presentes na hipermídia possam ser instrumentos de troca de informações e disseminação do conhecimento.
Essa ideia nos faz pensar em um novo ambiente escolar, em novas formas de ensinar e aprender, nas quais a tecnologia não seja subutilizada e a informática educativa ganhe espaço dentro da escola por meio de projetos transdisciplinares de pesquisa e aprendizagem. Estes projetos devem ser planejados pelo professor da área específica, que conhece o conteúdo a ser explorado, pelo professor de informática educacional que por sua vez conhece um grande número de ferramentas/softwares educativos em diferentes aplicações e facilita o processo aluno-computador e, por fim, a equipe pedagógica, gestora de todo este processo.
É esperada do professor a competência de usar as TICs como ferramentas de busca e construção do saber e não como ferramentas de conclusão do conhecimento, pois esse é papel do professor. As novas tecnologias não substituirão o importante papel do professor, bem como não diminuirão o seu esforço em buscar aprender cada vez mais: elas trazem novas formas de se chegar ao conhecimento, este por sua vez mais prazeroso, interativo e transversal.
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